quinta-feira, 28 de junho de 2012

Moradores de rua agora no Morar Feliz

Fotos: Rodolfo Lins
Por: Elenice Costa

Quem vê Marly Santiágua da Silva, de 20 anos, grávida de cinco meses e seu marido Marcos André de Almeida, de 43 anos, não imagina que até poucos dias, a família não tinha endereço fixo. Há cinco anos o casal “morava” nas ruas da cidade e, ultimamente, dormia no Jardim São Benedito. O casal foi beneficiado com uma casa no Conjunto Habitacional do Morar Feliz da Tapera II, por iniciativa da Secretaria da Família e Assistência Social, que viabiliza casa própria para famílias que vivem em áreas de risco e situação de vulnerabilidade social.
Tudo começou na vida do casal, através de um trabalho desenvolvido pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), que acolhe os moradores de rua e os abriga em sua sede. No local são oferecidos cuidados de higiene e alimentação, albergagem, atendimento de saúde e investigação social.
O ex-morador de rua, Marcos André de Almeida, afirma que, com o passar do tempo, ele teria visto que a rua não era lugar para ninguém morar, principalmente, quando a pessoa decide mudar de vida. “Hoje eu e minha esposa podemos dormir tranquilos, não corremos mais riscos de vida nas ruas e, depois que passamos pelos atendimentos na Casa da Cidadania, conquistamos uma vida melhor. Agradeço pela nova oportunidade de vida”, completa Marcos André.

Mais casos - Outra moradora que teve oportunidade de mudar de vida foi Solange Pedro da Silva, de 44 anos, que há dez morava na rua e dormia em vários pontos da cidade, como mercado municipal e parque Alberto Sampaio.


De acordo com o coordenador do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), Evaldo Malaquias, recolher morador em situação de rua é oferecer dignidade e cidadania, favorecendo com um endereço fixo. “A Casa da Cidadania atende moradores de rua que já perderam todo vínculo familiar, pessoas que não têm lugar para retornar e, quando é necessário, realizamos uma busca mais demorada para localizar um familiar.
Essas pessoas que, por algum motivo, estão em risco social ou com dificuldade de residência, acabam se tornando moradores de rua, alguns dependentes químicos e outros com transtornos mentais. Eles são acolhidos durante sete dias no albergue, cumprem horários e recebem café da manhã, almoço e jantar. Essa é a proposta de trabalho do Centro Pop e Casa da Cidadania”, concluiu Evaldo Malaquias.